Mundial de Clubes Fifa: História

História do Mundial de Clubes Fifa. Mundial de Clubes Fifa:

Já parou para pensar que em 2025, apenas 15 clubes na história podem se gabar de serem campeões mundiais reconhecidos pela FIFA? Isso mesmo. Enquanto milhares de times existem pelo planeta, só um punhado seleto ergueu o troféu que define o melhor clube do mundo.

A História do Mundial de Clubes FIFA é recheada de reviravoltas, zebras e momentos que fizeram torcedores perderem a voz em diferentes continentes. Dos confrontos épicos entre sul-americanos e europeus às participações surpreendentes de clubes asiáticos e africanos.

Você vai descobrir como essa competição evoluiu de um duelo intercontinental para o formato que conhecemos hoje.

E se você acha que sabe tudo sobre o Mundial, espere até conhecer o que aconteceu nos bastidores da edição de 1983 – aquela que quase não aconteceu.

As Origens da Competição Mundial de Clubes

As Origens da Competição

A Copa Intercontinental: O precursor do Mundial

Imagine duas potências do futebol de continentes diferentes se enfrentando num duelo épico. Esse era o espírito da Copa Intercontinental, que começou em 1960 como um confronto entre os campeões da Europa e da América do Sul.

A ideia nasceu de uma parceria entre a UEFA e a CONMEBOL. Os europeus mandavam seus campeões da Copa dos Campeões (hoje Liga dos Campeões) para enfrentar os vencedores da Libertadores. No começo, eram jogos de ida e volta que muitas vezes viravam verdadeiras batalhas campais.

O Santos de Pelé conquistou os primeiros títulos para o Brasil em 1962 e 1963, enquanto o Real Madrid foi o primeiro europeu a levantar a taça. Mas nem tudo eram flores. Na década de 70, vários clubes europeus começaram a boicotar a competição por causa da violência nas partidas sul-americanas.

Em 1980, a Toyota entrou como patrocinadora e o torneio passou a ser decidido em jogo único no Japão, ficando conhecido como “Copa Toyota”. Este formato durou até 2004, quando a competição foi oficialmente incorporada pela FIFA.

 

 

A transição para o formato FIFA em 2000

A FIFA olhava com interesse para a Copa Intercontinental há anos. Em 2000, eles finalmente deram o grande passo e lançaram o primeiro Mundial de Clubes oficial em janeiro no Brasil.

O formato era completamente diferente do que conhecemos hoje. Oito equipes foram divididas em dois grupos, com representantes da África, Ásia, Oceania e CONCACAF participando junto aos tradicionais europeus e sul-americanos.

O Corinthians fez a festa da torcida brasileira ao vencer o Vasco nos pênaltis na final, tornando-se o primeiro campeão mundial reconhecido pela FIFA. Mas o torneio teve problemas – estádios vazios, datas ruins e muitas críticas.

Após esse teste inicial, a FIFA cancelou a edição de 2001 (que seria no Espanha) e voltou à prancheta. Entre 2000 e 2004, a Copa Intercontinental continuou existindo paralelamente, criando uma confusão sobre qual título era “o verdadeiro mundial”.

Por que a FIFA decidiu criar um torneio mundial oficial

A FIFA tinha objetivos claros ao criar um Mundial de Clubes oficial. Primeiro, queriam resolver de uma vez por todas a antiga discussão: quem é realmente o melhor clube do mundo?

Durante décadas, europeus e sul-americanos discutiam sobre a superioridade de seus clubes. A Copa Intercontinental não era considerada totalmente legítima por muitos europeus, que frequentemente enviavam times desinteressados ou recusavam participar.

O segundo motivo era puramente comercial. A FIFA viu uma oportunidade de ouro para expandir sua marca globalmente e atrair novos mercados, especialmente na Ásia. O futebol de clubes já era mais popular que o de seleções em muitos lugares.

Também havia a questão da inclusão. A Copa Intercontinental ignorava África, Ásia, América do Norte e Oceania. A FIFA queria um torneio verdadeiramente global que refletisse o crescimento do futebol nesses continentes.

Em 2005, após muito planejamento, o torneio renasceu no formato que se manteve até 2023 – com o campeão de cada confederação mais o representante do país-sede disputando o título em dezembro.

 

Evolução do Formato do Torneio Mundial de Clubes

O modelo experimental de 2000 no Brasil

Você sabia que o primeiro Mundial de Clubes da FIFA não foi nada parecido com o que conhecemos hoje? Em 2000, o Brasil serviu como laboratório para um experimento ambicioso da FIFA.

Oito times participaram daquela edição inaugural: Corinthians e Vasco (Brasil), Real Madrid (Espanha), Manchester United (Inglaterra), Necaxa (México), Raja Casablanca (Marrocos), Al-Nassr (Arábia Saudita) e South Melbourne (Austrália).

O formato? Dois grupos de quatro times, com os vencedores de cada grupo disputando a final. Nada de chaves eliminatórias complicadas ou múltiplas fases. Simples e direto.

O Corinthians acabou levantando a taça ao vencer o Vasco nos pênaltis, após um empate sem gols na final. Mas os problemas de organização e a resistência dos clubes europeus mancharam o torneio. Tanto que a edição seguinte, prevista para a Espanha em 2001, foi cancelada.

A competição anual no Japão (2005-2008)

Em 2005, após um hiato de cinco anos, o Mundial ressurgiu com cara nova no Japão. A FIFA decidiu fundir a Copa Intercontinental com seu Mundial de Clubes, criando um formato mais enxuto.

Seis equipes passaram a disputar o torneio: os campeões continentais da Europa, América do Sul, América do Norte, África, Ásia e Oceania. O campeão japonês (país-sede) também entrava na festa.

O esquema de disputa mudou para mata-mata direto, com os campeões da Europa e América do Sul entrando só nas semifinais — privilégio que permanece até hoje.

Durante esse período, o torneio ganhou regularidade e tradição no calendário de dezembro, mesmo com algumas críticas sobre o favoritismo dado aos europeus e sul-americanos.

A expansão para os Emirados Árabes Unidos

Em 2009, o Mundial viajou para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A mudança não foi apenas geográfica — o formato também cresceu para sete equipes com a inclusão oficial do representante do país-sede.

Os Emirados Árabes sediaram o torneio de 2009 a 2010, depois de 2017 a 2018 e novamente em 2021 (após o Catar em 2019 e 2020). O país investiu pesado em infraestrutura e marketing para transformar o Mundial num evento de luxo.

Essa fase marcou a consolidação do domínio europeu. Times como Barcelona, Inter de Milão, Bayern de Munique e Real Madrid ergueram a taça, enquanto os sul-americanos começaram a sentir mais dificuldade para competir.

O formato manteve-se estável, mas o prestígio e a visibilidade do torneio aumentaram consideravelmente, com jogos em estádios modernos e transmissões globais.

As mudanças nos critérios de classificação ao longo dos anos

Os critérios de classificação para o Mundial sofreram ajustes importantes desde sua criação. Inicialmente, em 2000, a FIFA convidou equipes baseadas em critérios mistos de prestígio e representatividade continental.

A partir de 2005, estabeleceu-se o padrão de classificação via torneios continentais:

  • UEFA: Champions League
  • CONMEBOL: Libertadores
  • CONCACAF: Champions League
  • CAF: Champions League
  • AFC: Champions League
  • OFC: Champions League

Em 2007, a FIFA oficializou que o país-sede teria um representante garantido. Em caso de empate técnico (como quando o campeão continental é do país-sede), o vice-campeão nacional ganha a vaga.

A distribuição das vagas sempre foi fonte de controvérsia. Confederações menores como a OFC (Oceania) tiveram que lutar para manter sua participação direta, enquanto Europa e América do Sul nunca tiveram suas posições privilegiadas ameaçadas.

O novo formato expandido de 2025 representa a mudança mais radical desde a criação do torneio, com 32 equipes e critérios de classificação completamente reformulados, incluindo ranking histórico e múltiplas vagas por confederação.

Dominância dos Clubes Europeus

Dominância dos Clubes Europeus

O sucesso dos gigantes espanhóis no torneio

Os clubes espanhóis transformaram o Mundial de Clubes numa espécie de quintal particular. Desde 2009, La Liga dominou o torneio de forma absurda, conquistando 8 dos 13 títulos disputados. O Barcelona e o Real Madrid simplesmente atropelaram a competição.

O Barça, com seu tiki-taka hipnotizante, venceu em 2009, 2011 e 2015. Quem não se lembra daquele time de Guardiola? Ou da trinca MSN (Messi, Suárez e Neymar) em 2015? Eles não só ganharam, mas encantaram.

Já o Real Madrid elevou ainda mais esse domínio. Com quatro títulos (2014, 2016, 2017 e 2018), os merengues se tornaram o maior campeão da história do torneio.

Entre 2014 e 2018, só deu Espanha no Mundial. Cinco títulos consecutivos! Uma demonstração de força que nenhuma outra liga conseguiu igualar.

 

 

A hegemonia do Real Madrid nas edições recentes

O Real Madrid é um caso à parte nessa história. Quatro títulos mundiais em cinco anos? Isso é coisa de video-game!

A era Cristiano Ronaldo foi decisiva. O português desequilibrou nas conquistas de 2014 e 2016, marcando gols cruciais. Depois, mesmo sem CR7, os merengues mantiveram o ritmo com Modric, Kroos e companhia.

Em 2018, na final contra o Al Ain dos Emirados Árabes, o placar de 4-1 mostrou a diferença abissal entre os clubes. Nem deu graça!

O que impressiona no Real Madrid é a consistência. Enquanto outros gigantes europeus oscilam, os espanhóis parecem ter encontrado a fórmula perfeita para o torneio: misturar estrelas mundiais com jogadores táticos e um plano de jogo pragmático.

Por que os clubes europeus têm vantagem competitiva

A dominância europeia no Mundial tem explicações claras. Dinheiro, muito dinheiro. Os clubes europeus investem fortunas em contratações, infraestrutura e desenvolvimento de jogadores.

Os salários astronômicos atraem os melhores talentos do planeta. Enquanto times sul-americanos perdem suas estrelas antes mesmo de chegarem ao auge, os europeus montam elencos repletos de craques.

Outro fator crucial é o calendário. Os europeus chegam ao Mundial no meio da temporada, em plena forma física e entrosamento. Já seus adversários muitas vezes estão no início ou fim de suas temporadas.

A UEFA Champions League funciona como uma pré-temporada de luxo. Enfrentar times de altíssimo nível semana após semana prepara os clubes europeus para qualquer desafio no Mundial.

Análise das táticas vencedoras dos campeões europeus

Os campeões europeus no Mundial costumam seguir padrões táticos bem definidos. A posse de bola asfixiante foi a marca registrada do Barcelona de Guardiola. Controlar o jogo, cansar o adversário e, no momento certo, acelerar as jogadas.

O Real Madrid de Zidane apostou em estratégia diferente: transições rápidas e letalidade. Recuperar a bola e, em poucos toques, chegar ao gol adversário. Com jogadores como Bale, Benzema e Cristiano, essa tática era devastadora.

A intensidade física também é fator determinante. Os campeões europeus impõem um ritmo que os adversários raramente conseguem acompanhar por 90 minutos.

Outro aspecto fundamental: a versatilidade. Os grandes campeões europeus sabem adaptar seu jogo conforme o oponente. Contra times mais fechados, apostam na paciência. Contra os mais ousados, exploram os espaços com velocidade.

A experiência internacional também pesa muito. Jogadores habituados a decisões de Champions League sentem menos a pressão do Mundial, agindo com naturalidade mesmo nos momentos mais tensos.

A Participação Sul-Americana

Os triunfos memoráveis dos clubes brasileiros

O Brasil domina o cenário sul-americano no Mundial de Clubes. O Corinthians abriu o caminho em 2000, vencendo o Vasco na final totalmente brasileira. Mas foi em 2012 que os corintianos realmente chocaram o mundo ao derrotar o poderoso Chelsea com gol de Guerrero, em uma campanha impecável.

O São Paulo de 2005 também fez história. Com Rogério Ceni, Lugano e o jovem Kaká, os tricolores deram um show diante do Liverpool, vencendo por 1×0 com gol de Mineiro. A festa no Morumbi na volta foi inesquecível.

O Santos de Pelé já havia conquistado o mundo nos anos 60, mas o Internacional de 2006 surpreendeu ao bater o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho com gol de Adriano Gabiru – um jogador que virou lenda por aquele momento decisivo.

O Flamengo entrou para essa lista em 2019, com Jorge Jesus comandando um time espetacular que derrotou o Liverpool na final com dois gols de Gabigol nos minutos finais, em uma das viradas mais dramáticas da história da competição.

As campanhas históricas dos times argentinos

Os argentinos também têm seu lugar de destaque no Mundial. O Boca Juniors de Riquelme chegou forte em 2000, perdendo apenas na final para o Corinthians. Em 2003, sob comando de Bianchi, os xeneizes conquistaram o título ao derrotar o Milan nos pênaltis.

O River Plate teve campanhas memoráveis, especialmente em 2018, quando chegou à final contra o Real Madrid após conquistar a Libertadores em cima do arquirrival Boca, na histórica final de Madrid.

O Estudiantes de La Plata quase fez história em 2009, quando esteve a minutos de derrotar o Barcelona de Guardiola. Liderados por Verón, abriram o placar e resistiram até os 88 minutos, quando Messi empatou e forçou a prorrogação. Pedro fez o gol que deu o título aos catalães.

O Racing e o Independiente, gigantes nos anos 60, estabeleceram a tradição argentina de encarar europeus de igual para igual, tradição que continua viva até hoje.

 

O impacto do Mundial no prestígio do futebol sul-americano

O Mundial transformou a percepção global sobre o futebol sul-americano. Quando os clubes daqui vencem europeus, o mundo para e percebe que o futebol não se resume à Champions League.

Para os torcedores sul-americanos, o Mundial tem um valor incomparável. É a chance de provar que, apesar das diferenças financeiras brutais, ainda produzimos futebol de qualidade mundial.

Os jogadores sul-americanos encaram o torneio como a maior glória possível. Muitos que brilharam na Europa voltam para clubes do continente com o sonho de levantar o troféu mundial – como Ronaldo no Corinthians e Tevez no Boca.

O Mundial também impulsionou a visibilidade comercial dos clubes. Times campeões mundiais conseguem contratos de patrocínio mais valiosos e ampliam suas bases de torcedores internacionalmente. Para muitos clubes, a conquista mundial representa o auge de sua história.

Os confrontos clássicos entre Europa e América do Sul

Nada empolga mais que os duelos entre gigantes dos dois continentes. São Paulo x Liverpool em 2005 foi um choque cultural – o pragmatismo brasileiro superou a tradicional força inglesa.

Barcelona x Estudiantes em 2009 simbolizou perfeitamente o clássico embate: o futebol-arte europeu contra a garra sul-americana. Os argentinos jogaram com alma, mas o talento de Messi decidiu.

Chelsea x Corinthians em 2012 entrou para a história quando o time brasileiro montou um esquema defensivo perfeito e contou com Cássio em estado de graça para superar os milionários ingleses.

O confronto entre Flamengo e Liverpool em 2019 mostrou que, mesmo com o abismo financeiro, times sul-americanos bem treinados podem surpreender. Os ingleses dominavam o jogo até Gabigol aparecer duas vezes nos minutos finais para virar o jogo.

Esses duelos transcendem o esporte. São embates entre diferentes escolas de futebol, filosofias e até visões de mundo. Quando um clube sul-americano derrota um europeu, não é apenas uma vitória – é uma afirmação cultural.

Momentos Históricos e Partidas Inesquecíveis

A. As maiores surpresas da história do torneio

O Mundial de Clubes Fifa já nos presenteou com reviravoltas impressionantes que ninguém poderia prever. Em 2010, o modesto Mazembe da República Democrática do Congo chocou o planeta ao eliminar o Internacional nas semifinais. Era a primeira vez que um clube africano chegava à final da competição.

Em 2016, tivemos o Kashima Antlers do Japão surpreendendo o mundo. Os japoneses não só avançaram para a final como quase derrotaram o poderoso Real Madrid, levando o jogo para a prorrogação antes de perder por 4-2.

O Raja Casablanca também escreveu seu nome na história em 2013. Jogando em casa no Marrocos, eliminou o Atlético Mineiro na semifinal e chegou à decisão contra o Bayern de Munique.

O Al-Ain dos Emirados Árabes deu um susto no River Plate em 2018, eliminando o time argentino e quase derrubando o Real Madrid na final.

B. Gols decisivos que definiram campeões

Alguns gols mudaram completamente o rumo da história do Mundial. Quem não se lembra de Ronaldinho Gaúcho em 2006? Seu gol de falta contra o Barcelona selou a vitória do Internacional.

Em 2012, Corinthians e Chelsea protagonizaram final tensa. Paulo Guerrero, com seu gol de oportunismo aos 69 minutos, garantiu o título para o Timão.

Já em 2008, foi a vez de Wayne Rooney brilhar. Seu gol solitário contra a LDU do Equador deu o título ao Manchester United.

C. As viradas épicas que entraram para a história

A virada do Barcelona sobre o Santos em 2011 ficou marcada pela diferença técnica brutal. Depois de um primeiro tempo equilibrado, o Barça atropelou na segunda etapa, transformando um jogo disputado em goleada por 4-0.

O Liverpool protagonizou outro momento inesquecível em 2019. Contra o Flamengo, Roberto Firmino decidiu na prorrogação, virando o jogo que parecia destinado aos cariocas.

Em 2016, o Real Madrid precisou de toda sua experiência. Após sair atrás no placar contra o Kashima Antlers, contou com hat-trick de Cristiano Ronaldo para virar o jogo e conquistar o título.

D. Atuações individuais que marcaram o Mundial

Alguns jogadores simplesmente decidiram o Mundial sozinhos. Lionel Messi em 2009 e 2011 foi absolutamente dominante, marcando gols decisivos nas finais contra Estudiantes e Santos, respectivamente.

Cristiano Ronaldo escreveu seu nome na história em 2016 e 2017. Seu hat-trick contra o Kashima Antlers salvou o Real Madrid do vexame, enquanto no ano seguinte marcou o gol da vitória na final contra o Grêmio.

Mohamed Aboutrika, do Al-Ahly, impressionou o mundo em 2006, mostrando que grandes talentos não estão apenas nos clubes europeus.

Dida, goleiro do Milan, foi decisivo em 2007 contra o Boca Juniors com defesas espetaculares que garantiram o título italiano.

E. Os recordes mais impressionantes da competição

O Real Madrid domina os recordes do Mundial com incríveis 5 títulos, sendo quatro deles conquistados em sequência (2014, 2016, 2017 e 2018).

Cristiano Ronaldo é o maior artilheiro da história da competição com 7 gols, seguido por Lionel Messi e Luis Suárez com 5 cada.

Barcelona e Real Madrid protagonizaram as maiores goleadas em finais: 4-0 sobre Santos (2011) e 4-1 sobre Al-Ain (2018), respectivamente.

Toni Kroos é o jogador com mais títulos individuais: 5 conquistas por Bayern de Munique e Real Madrid, superando seus companheiros de equipe.

O Bayern de Munique detém o recorde de maior goleada da história do torneio: 8-0 sobre o Al-Ahly em 2020, um massacre que demonstrou a diferença técnica entre europeus e africanos.

 

O Novo Mundial de Clubes Expandido

O formato revolucionário anunciado para 2025

Quem diria que o Mundial de Clubes que conhecemos daria lugar a algo tão ambicioso? A FIFA finalmente tirou da gaveta o plano que vinha sendo debatido há anos e confirmou: a partir de 2025, teremos um torneio completamente redesenhado.

O novo Mundial acontecerá nos Estados Unidos entre junho e julho de 2025, com 32 clubes de todo o planeta – um salto enorme comparado aos sete participantes do formato anterior. Serão 63 partidas distribuídas em quatro semanas de competição, numa estrutura que lembra muito a Copa do Mundo de seleções.

Os times serão divididos em oito grupos com quatro equipes cada. Após a fase de grupos, os dois melhores de cada chave avançam para o mata-mata, começando nas oitavas de final. E o mais interessante? Essa competição acontecerá a cada quatro anos, substituindo a antiga Confederações e o Mundial anual que conhecíamos.

Nada de torneio em dezembro atrapalhando o calendário dos clubes europeus. Agora, o Mundial ocupará o espaço das férias dos jogadores – o que, claro, já gerou reclamações das associações de atletas profissionais.

Como funciona a classificação para 32 equipes

A distribuição das vagas do Mundial é quase uma obra de arte geopolítica da FIFA. A Europa, como era de se esperar, leva a maior fatia do bolo: 12 vagas no total. A América do Sul vem em seguida com 6 lugares, enquanto as confederações da América do Norte/Central, Ásia e África terão 4 vagas cada. A Oceania fica com apenas 1 vaga, e o país-sede ganha uma vaga automática.

Mas como os clubes se classificam? Basicamente, o desempenho nas competições continentais é o que conta. Na Europa, por exemplo, os campeões da Champions League de 2021 a 2024 já têm lugar garantido.

Para o Brasil, as notícias são boas. Com Palmeiras e Flamengo já garantidos por terem conquistado a Libertadores recentemente, o país pode levar até quatro representantes para o torneio.

Veja como ficou a distribuição por confederação:

Confederação Número de Vagas
UEFA (Europa) 12
CONMEBOL (América do Sul) 6
CONCACAF (América N/Central) 4
CAF (África) 4
AFC (Ásia) 4
OFC (Oceania) 1
País-Sede 1

O impacto financeiro da nova competição

O dinheiro por trás desse novo Mundial é algo que faz brilhar os olhos de qualquer dirigente. A FIFA projeta uma receita de aproximadamente 4 bilhões de dólares só com esta edição inaugural. Para comparação, o formato antigo rendia cerca de 100 milhões por ano.

A premiação também será exponencialmente maior. Cada clube participante deve receber no mínimo 50 milhões de dólares apenas por estar na competição. O campeão pode embolsar valores próximos a 100 milhões – cifras que superam o que a UEFA paga aos participantes da Champions League.

Este fluxo de caixa imenso explica por que muitos clubes gigantes da Europa, inicialmente resistentes à ideia, acabaram cedendo. A promessa de receitas extraordinárias em apenas um mês de competição é difícil de ignorar, especialmente em tempos de fair play financeiro.

Para clubes sul-americanos e de confederações menores, esse dinheiro pode representar o orçamento de vários anos em uma tacada só.

Críticas e controvérsias sobre o novo formato

Nem tudo são flores no caminho desse Mundial expandido. As principais críticas vêm justamente de quem mais deveria estar empolgado: os jogadores.

O sindicato internacional de atletas, o FIFPRO, já se manifestou contra o formato, alegando que o calendário está cada vez mais inchado. E não estão errados. Um jogador de elite que dispute todas as competições possíveis terá praticamente zero tempo de descanso entre 2024 e 2025.

A Liga Espanhola chegou a ameaçar processar a FIFA, argumentando que a entidade não consultou adequadamente as ligas nacionais antes de anunciar a mudança.

Outra polêmica envolve a data. Junho e julho são meses tradicionalmente de pré-temporada para os clubes europeus, que agora terão que reorganizar toda sua programação.

E tem também a questão da exclusividade: clubes tradicionais que não conquistaram títulos continentais recentemente ficarão de fora, enquanto times com menos história, mas com conquistas recentes, terão seu lugar garantido.

As expectativas para o futuro do torneio

O sucesso dessa primeira edição expandida será crucial para definir o futuro do Mundial. Se tudo correr como a FIFA espera, podemos estar vendo o nascimento de uma competição que rivalizará com a Champions League em prestígio e alcance global.

A expectativa é que o torneio atraia audiências bilionárias, especialmente de mercados emergentes como a Ásia, onde o futebol de clubes europeu já é extremamente popular. A realização nos EUA também não é por acaso – a FIFA mira o crescente mercado americano a poucos anos da Copa do Mundo de 2026.

Para os fãs, a promessa é de um espetáculo único: ver os maiores clubes do mundo se enfrentando em partidas eliminatórias de alto nível técnico. Imagina um Real Madrid x Flamengo ou um Manchester City x Al-Ahly com título mundial em jogo?

Se o formato se provar sustentável e lucrativo, é provável que vejamos adaptações e melhorias nas próximas edições. A FIFA já fala até em expandir ainda mais o torneio no futuro, dependendo dos resultados dessa primeira experiência.

Só o tempo dirá se este novo Mundial de Clubes realmente revolucionará o futebol ou se acabará sendo apenas mais uma competição no já abarrotado calendário do esporte.

 

A Jornada Contínua do Mundial de Clubes FIFA

Desde suas origens como Copa Intercontinental até sua evolução para o atual formato global, o Mundial de Clubes FIFA tem escrito capítulos fascinantes na história do futebol mundial. Acompanhamos a dominância europeia, a resistência sul-americana e os momentos inesquecíveis que definiram a competição ao longo das décadas. O novo formato expandido representa um ponto de virada nesta história, prometendo trazer mais diversidade e oportunidades para clubes de diferentes confederações.

À medida que olhamos para o futuro do Mundial de Clubes, é impossível não sentir a emoção de ver o melhor do futebol de clubes mundial em um palco ainda maior. Para os torcedores, jogadores e clubes, esta competição continuará sendo um símbolo de excelência e um sonho a ser perseguido. O futebol global continua sua evolução, e o Mundial de Clubes permanece como uma vitrine perfeita para demonstrar como este esporte une continentes, culturas e milhões de corações apaixonados ao redor do mundo.